segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Resultados da Divisão de Honra - 20ª Jornada

Mais uma jornada, mais uma bela vitória do CDR que coloca o nosso Clube no 3º Lugar a 4 pontos do lider.
Não faço comentários ao jogo porque infelizmente não o pude ver, mas a satisfação e o orgulho que dá, olhar esta tabela classificativa, obrigam-me a publicar os resultados e a respectiva classificação.
Nunca tive duvidas sobre o que seria esta época desportivamente, a qualidade da equipa técnica, liderava pelo meu Amigo Jorge Paiva e a qualidade do plantel dava todas as indicações, mas futebol é futebol e é, decididamente um mundo complicado com muitos factores e muitas incógnitas as quais nem sempre podemos controlar, mas felizmente que tudo se encaminha para os objectivos traçados inicialmente !
Parabéns à equipa técnica, aos jogadores e à direcção!

CDR de Moimenta da Beira 4-0 Resende
Pesqueira 1-2 Santacombadense
Sampedrense 1-1 Mangualde
Sp. Lamego 2-1 Tarouquense
Campia 1-1 O. Frades
Lamelas 1-1 Parada
Canas Senhorim 5-0 Santar
Molelos 0-0 Paivense

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

12 – O Mito do mudar a táctica, jogo a jogo, em função do adversário

Os treinadores socorrem-se do “factor tempo” para justificar derrotas na construção da equipa, semana a semana e mesmo ao longo dos 90 minutos, alterar o sistema, meter um terceiro central, tiram-no e metem mais um avançado, passam de um jogo de posse e circulação de bola para um jogo directo e de segundas bolas, etc. “Porque a táctica pode mudar jogo a jogo em função do adversário”. Dizem!

O que é táctica para José Moutinho?

A táctica é o conjunto de comportamentos que se pretende para a equipa, que se deseja que esta manifeste com regularidade em competição, isto é, o conjunto de princípios que dão corpo ao seu modelo de jogo.

“O mais importante numa equipa é ter um determinado modelo de jogo e um conjunto de princípios de jogo, conhecê-los bem, interpretá-los bem, independentemente de ser utilizado este ou aquele jogador. Nós analisamos o adversário, procuramos prever como se pode comportar contra nós e procuramos posicionar-nos nalgumas zonas mais importantes do campo em função dos seus pontos fortes e fracos. Mas isto são detalhes posicionais. Não mexem com os nossos princípios, nem sequer com o nosso sistema. Acreditamos que o mais importante somos nós, a forma como jogamos e automatizamos o nosso modelo. Por vezes partimos para alguns jogos completamente alheados e ignorando o que vai ser o comportamento do adversário. Apostando e potenciando aquilo que é nosso. E que fique bem claro que os sistemas que a minha equipa apresenta ao longo de uma época são definidos e operacionalizados logo desde o inicio. Como já disse várias vezes, não acredito nos sistemas que têm origem no gabinete, na reunião, na conversa com os jogadores. Acredito no treino, na repetição sistemática. Se em dois anos e meio no Porto só por duas vezes alterei a estrutura – na segunda mão da meia-final e na final da Liga dos Campeões, com a entrada do Pedro Emanuel -, por alguma razão foi. E foi treinado!”

“A maioria dos treinadores não pode dizer que precisa do tempo que diz precisar para ter mais sucesso na equipa. Essa é a maior mentira do futebol, que serve unicamente para se protegerem. Quer dizer, se calhar até precisam…porque se perde tempo com questões que não a organização de jogo”

“A minha preocupação quando vou para um clube é encontrar, mais do que um sistema táctico, um modelo e uma filosofia de jogo. Tem a ver com um futebol fundamentalmente ofensivo, onde o passe e a qualidade são fundamentais.

Podemos alterar um ou outro jogador em função das características que o encontro deve assumir, mas de uma forma geral partimos para cada jogo sempre motivados para jogar bem e de acordo com aquilo que é a nossa filosofia e o nosso modelo. Isso é o mais importante e penso que é uma característica nova : jogar em cada campo e com cada adversário acreditando no seu potencial e praticando o seu futebol”

Mourinho

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

11 – O Mito do treinar sobre carris

As declarações proferidas de treinadores com “a equipa ainda não está rotinada”, “faltam-nos automatismos”, “quero que os jogadores sejam capazes de jogar de olhos fechados, “nos treinos, as coisas já começam a sair mecanizadas” são bastante familiares. É a chamada tentação do piloto automático. Torna-se o treinar muito militarizado, no sentido de que o treinador dá as ordens e os jogadores têm que seguir à risca. Durante os exercícios assistimos a exemplos deste tipo: “joga por fora”, “tira da pressão”, “guarda a posição”, “troca com o ala”, “solta de primeira”. Esta obsessão não fica por aqui. Exagera-se na utilização de regras nos exercícios e acaba-se por retirar a capacidade de intervenção sobre o imediato, o aqui e o agora. Por exemplo, abusar da condicionante jogar a dois toques leva a que a gestão do instante, por parte dos jogadores, seja mais mecânica do que não mecânica, tende a tornar linear aquilo que não o é. Um outro exemplo do treinar sobre carris é as combinações ofensivas, repetidas até à exaustão, no sentido de levar os jogadores quase a decorá-las.

“Quando vou estudar o adversário e procurar identificar os seus comportamentos-padrão, constato que, muitas vezes, o desenvolvimento dessa dinâmica de jogo é, não tanto uma dinâmica, mas um automatismo mecânico”

José Mourinho

Com esta linha de pensamento os treinadores acreditam que podem chegar de forma mais rápida ao jogar que pretendem. É um erro crasso metodológico! Porque o futebol é um fenómeno extremamente complexo, caracterizado pela não linearidade. Um exemplo prático: alguém sujeita a um ditado. Este ditado é estudado, escrito, rescrito, decorado e nem um erro. Mas se este sujeito realizar uma redacção e não tiver capacidade de criar, recriar a partir de um novo contexto que lhe foi apresentado fica limitado. Mourinho no treino dá o tema mas são os jogadores que fazem a redacção. Se os níveis de desempenho que se pretende não estão a ser atingidos Mourinho intervêm mas sem dar respostas, soluções. È a chamada descoberta guiada.

“Não é fácil passar da teoria à prática, sobretudo com jogadores do top, que não aceitam o que lhes é dito apenas pela autoridade de quem o diz. È preciso provar-lhes que estamos certos. Comigo, o trabalho táctico não é apenas um trabalho onde de um lado está o emissor e do outro o receptor. Eu chamo-lhe “descoberta guiada”, ou seja, os jogadores vão descobrindo as coisas a partir de pistas que lhe vou dando. Para isso construo situações de treino que os levem por um determinado caminho. Eles começam a sentir isso, falamos, discutimos e chegamos a conclusões. Muitas vezes, paro o treino e pergunto-lhes o que estão a sentir. Respondem, por exemplo, que sentem o defesa direito muito longe do defesa central. “Está bem, vamos aproximar os dois defesas e ver como funciona”. E experimentamos uma, duas, três vezes, até lhes voltar a perguntar como se sentem. É assim, até todos, em conjunto, chegarmos a uma conclusão”

José Mourinho

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

CDR 3 - Lamelas 1

Numa tarde de agreste frio o CDR apresentou-se no Estádio do Matão com Careca, Nuno (c), Telmo, Victor, Megane (Baba), Paulo (Nando), Nené, Oceano, Isidoro, Manu (Pingato) e Parma.

Expectativas elevadas que não foram goradas para quem assistiu a uma grande partida de futebol onde os intervenientes mostraram capacidade para disputar o resultado em qualquer campo.

O Lamelas durante os noventa minutos liderado pelo seu grande e experiente jogador de nome Celso pegou na batuta e fez nos quatro momentos do jogo uma grande partida, à qual a sua equipa deve muito quer nas transições ofensivas quer defensivas. A equipa adversária caía na esparrela do CDR.

O CDR faz do contra-ataque a sua melhor arma, arrisco-me a dizer que será difícil perder nos campos fora de casa. Apresenta duas vicissitudes. A primeira, “Estou apertado” e pensa um jogador do CDR mas na frente encontro um “pinoco”, uma referência de seu nome Parma. Marcou três golos. A segunda, nas transições defesa ataque já desenrola um futebol apoiado dando resposta a outros problemas que possam surgir.

A equipa de arbitragem bem no aspecto técnico, mal no aspecto disciplinar. O chefe de equipa devia ter expulsado o jogador Celso por acumulação de faltas perigosas.

Aos adeptos do CDR, um velho ditado “para se apanhar moscas não é com vinagre mas com mel”