quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

6º O Mito da recuperação convencional

Em virtude de amanhã ser já 2009, quinta-feira, faço hoje menção à publicação desta semana.

Desejo a toda a Família do CDR e desportistas em geral um Grande Ano.

Declarações como «tivemos pouco tempo para recuperar», «houve jogo a meio da semana e a equipa acusou o esforço» e «a época foi longa e cansativa e nesta fase paga-se a factura» são mais que usuais. Não existe treinador nenhum que diga que a recuperação não é fundamental a dois níveis: fadiga física e fadiga mental-emocional. Porem, o discurso não é percurso, dizer não é fazer.

Façam esta pequena reflexão, com que o inevitável Mourinho considera:

“Em Portugal joga-se à Quarta-Feira e pede-se para o jogo do campeonato passe para a Segunda-Feira. Mas treina-se Quinta, Sexta, Sábado e Domingo. É um absurdo”

“Em Portugal treina-se de mais quando se perde. Os treinadores, talvez pela influência dos conceitos relativos à quantidade – que para muitos o mais importante – e por receio de serem criticados pela pouca quantidade de trabalho, estragam o processo todo”

Rui Faria acrescenta:

“Quando falamos em intensidade falamos de intensidade de concentração, porque jogar é fundamentalmente, pensar, e pensar exige concentração. E, se falamos de um jogo de qualidade, falamos tendo em conta um referencial colectivo – determinados princípios de jogo – e isso exige mais concentração. Não é, por isso, de estranhar que a fadiga táctica surja antes da fadiga física.”

Já Mourinho:

“A concentração dos jogadores pode e deve ser treinada. Como? Construindo exercícios que exijam essa concentração. Exercícios em que os jogadores sejam obrigados a pensar, a comunicar entre si. Por isso, os exercícios não podem ser demasiado fáceis e, quando os jogadores já conseguem resolver os problemas, tenho que ir à procura de novos exercícios.”

Para terminar:

“Os meus treinos não são treinos demorados. Nunca duram mais de hora e meia. Porque? Porque para os jogadores cumprirem os objectivos dos exercícios tem de estar concentrados. E a experiência diz-me que treinar mais do que isso leva a perda de qualidade, por perdas de concentração.”

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Resultados

Fim de semana de 27 e 28 de Dezembro de 2008
Seniores (Taça de Socios de Mérito):
CDR Moimenta da Beira 1 - Grupo D. de Abraveses 0
Juvenis:
GD Resende 2 - CDR Moimenta da Beira 3

Na despedida de 2008 o CDR sai com 2 vitorias.
Nos Juvenis o CDR mantém o 2º lugar a dois pontos do lider Ol. Frades depois de esta excelente vitória em Resende, um campo sempre dificil.
No seniores disputou-se a 2ª eliminatória com o CDR a receber o Abraveses, que milita na 1ª Divisão Distrital, Zona Sul onde ocupa o 8º lugar.
Numa análise muito superficial e sem grandes promenores detalhados do jogo diria que, o CDR, entrou neste jogo, como acontece a tantas outras equipas quando defrontam adversários teoricamente mais fracos, de forma algo displicente como se houvesse a noção que mais minuto, menos minuto o jogo seria resolvido. Mas tal como acontece, também diversas vezes, e principalmente em jogos da Taça (que o digam os 3 grandes do futebol português nos ultimos anos!) as equipas mais fracas unem-se, agigantam-se e por vezes causam surpresas!
Não foi o caso, em termos de resultado final, mas a verdade é que o CDR, apesar de controlar todo o jogo e raramente permitir ao Abraveses criar perigo, também não concretizava as oportunidade que iam surgindo, algumas vezes por infortunio outras pela tal "displicencia" que se tinha colocado em jogo.
As muitas alterações no seu onze habitual também ajudavam a complicar o normal desenrolar do jogo, não por falta de qualidade dos substitutos, mas pela natural falta de rotinas de jogo.
Com o passar dos minutos, o Abraveses foi trocando a bola com mais a vontade, com alguns bons executantes sentia que podia incomodar o CDR, tentanto, principlamente pelo flaco esquerdo, surpreender a equipa do CDR que estava cada vez mais balanceada no ataque.
A pressão foi aumentando e os ultimos 15/20 minutos, com as alterações feitas entretanto pelo Jorge Paiva, foi de verdadeiro sufoco para os homens do Abraveses. Por diversas vezes poderia acontecer o golo. Surgiu perto do fim do jogo, mas o Sr. Cardoso, como habitualmente, quis deixar a sua marca no jogo e anula um golo perfeitamente limpo. Nada de anormal!!! em face do que o CDR tem passado com as arbitragens!!! ............. por enquanto as gentes de Moimenta continuam "só" com a fama!!, mas por favor, não estiquem demasiadamente a corda!!
Voltando ao jogo, o golo surgiria num dos ultimos lances do encontro, em mais um lance ganho nas alturas e que desta vez nem o guarda-redes conseguiu evitar, nem o Sr. Cardoso conseguiu anular!
Estava feito o resultado. Castigo para o Abraveses que tinha feito tudo para não sofrer, prémio para o CDR, que apesar de não ter feito um bom jogo, via premiada a sua imensa acção ofensiva!
Gostaria de deixar uma palavra de regozijo pelos 4 juniores que actuaram ontem! Reconhecemos qualidade, reconhecemos capacidade e pelo que ontem demonstraram garantem futuro! Ao Pedro (Trinta), ao Mateus, ao Rafael e ao Nando um grande abraço e votos de que sejam, entre todos os outros, o regresso dos escalões de formação do CDR aos seniores!
A todos os outros atletas do CDR e à equipa técnica os meus parabém pela época que têm feito em 2008 e faço votos de que 2009 ainda possa ser melhor!
Um feliz Ano para todos!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

5º O Mito do treino das capacidades condicionais.

Em virtude do Natal ser amanhã, quinta-feira, faço hoje menção à publicação desta semana.

Desejo a toda a Família do CDR e desportistas em geral um Santo Natal.

A norma de treinar dedica grande parte das suas preocupações a desenvolver pretensas capacidades ditas como fundamentais como a força rápida, força resistente, força explosiva, velocidade de deslocamento e resistente, resistência aeróbia e anaeróbia. Sem bola ou nos jogos reduzidos, o método do treino tradicional está subjacente a este princípio.

Mourinho “responde”:

“Ao privilegiar a vertente táctica, portanto, a organização que eu pretendo, estou a privilegiar todas as outras componentes do rendimento, pois a necessidade do «táctico» que surgem todas as outras. É a partir do trabalho táctico, da operacionalização do meu modelo de jogo, que vou conseguir uma adaptação específica nas outras componentes. Se o nosso trabalho «táctico» é singular, tudo o que dele deriva também é singular. Por isso é que eu digo que não acredito em equipas bem ou mal preparadas fisicamente, mas em equipas identificadas ou não a uma determinada matriz de jogo, adaptadas ou não a uma determinada forma de jogar. Porque a adaptação fisiológica é sempre específica, singular, de acordo com essa forma de jogar.”

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

4º O Mito do volume (de trabalho físico) que tem de vir antes da intensidade.

A norma do treinar obedece, segundo uma conotação tradicional, em privilegiar o volume em termos de quantidade de trabalho físico no sentido de conseguir uma espécie de suporte aeróbio que permita em seguida começar a trabalhar a intensidade.

“Mourinho responde”

“Por norma quando se fala em intensidade fala-se em desgaste energético. Eu não penso assim. Fundamentalmente, o que faz com que o treino seja mais ou menos intenso é a concentração exigida. Por exemplo, correr por correr tem um desgaste energético natural, mas a complexidade desse exercício é nula. Como tal, o desgaste em termos emocionais tende a ser nulo também, ao contrário das situações complexas, onde se exige aos jogadores requisitos tácticos, técnicos, psicológicos e físicos. É isto que representa a complexidade do exercício e que conduz a uma concentração maior.”

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O Mito dos picos de forma e do recarregar baterias de competição.

Um exemplo do pensamento convencional

“Divido a época em períodos de preparação, de complemento físico: a potência, a resistência, a velocidade… depois existem requisições de vários tipos, durante cada período específico do campeonato dependendo das paragens, do andamento que a equipa está a ter. Por exemplo, o Natal é um desses períodos, em que eu penso que se deve trabalhar bem para que se possa fazer a ponta final da época em boas condições”.

Será que a base do rendimento colectivo e individual não é a organização do jogo?

Mourinho “responde”

“Eu não quero que a minha equipa tenha picos de forma. Não posso querer que a minha equipa oscile de desempenho! Quero sim que esta se mantenha sempre em patamares de rendibilidade elevados. Porque não há jogos ou períodos mais importantes do que outros. Todos os jogos são para ganhar”

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Resultados de 6 e 7 e Dezembro

Seniores:
Mangualde 1 - CDR Moimenta da Beira 1

Juniores:
CDR Moimenta da Beira 2 - U. Lamas 0

Juvenis:
CDR Moimenta da Beira 0 - Cinfães 0

Iniciados:
CDR Moimenta da Beira 1 - Ol. Frades 5

Infantis:
CDR Moimenta da Beira 1 - Cracks de Lamego 2

Destaque para o empate do seniores do CDR na visita ao 1º classificado, mostrando que, apesar do precalço da jornada anterior, o valor desta equipa é seguro e que nos dará, certamente, uma época cheia de alegrias e tranquilidade.
Outro destaque, diria, um grande destaque, vai para a equipa dos Juniores que continua na saga das vitórias. Desta vez o "contemplado" foi a U. Lamas, Clube com tradição no futebol nacional, mas que, perante os nossos jovens pouco pode fazer, 2-0 é um resultado que não deixa margem para duvidas sobre a melhor equipa. Parabéns, acreditem sempre, ainda que, nem sempre a vitória nos sorria!
Para os restantes escalões, e dada a sua componente de formação, nada de especial a apontar, sendo que os juvenis estão a 4 pontos do lider mas com menos 2 jogos! e os iniciados e infantis cumprem a sua aprendizagem, desta vez com derrotas, mas certamente regressarão rapidamente às vitórias!
Gostaria de deixar uma palavra de reconhecimento ao trabalho desta Direcção! Parabéns a todos!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

2º O Mito da Forma Física

A condição física no dito período preparatório assume uma importância vital no modelo de pensamento convencional. Sendo uma das primeiras razões frequentemente apontadas por treinadores e jornalistas para justificarem uma derrota com “a passagem ao lado do jogo” pelos maus desempenhos individuais ou colectivos.

Mourinho responde:

“A forma não é física. A forma é muito mais que isso. O físico é o menos importante na abrangência da forma desportiva. Sem organização e talento na exploração de um modelo de jogo, as deficiências são explícitas, mas pouco têm a ver com a forma física. Para mim, estar em forma é jogar bem, é a equipa a jogar como eu pretendo. A interpretação de um modelo de jogo, não é de uma forma individual mas sim colectiva, é a base de sustentação da forma da equipa e das oscilações individuais da forma de cada jogador. Por isso é que eu digo que a base de sustentação da boa ou má forma de um jogador é a organização da equipa. Por exemplo, a má forma de um jogador pode ser disfarçada pela organização da equipa

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Resultados do Fim de Semana

Seniores:
CDR Moimenta da Beira 0 - Tarouca 1
Juniores:
Sanjoanense 1 - CDR Moimenta da Beira 2
Juvenis:
Vilamaiorense -CDR Moimenta da Beira (Adiado)

Tinha que acontecer um dia, e aconteceu em casa a primeira derrota dos seniores.
Não é nenhum drama e só desejo, como qualquer outro associado ou simpatizante, que seja a primeira de muito poucas esta época! Força e vamos já domingo (porque estes são os jogos que todos gostam de jogar!) tentar recuperar estes 3 pontos!
Em relação à equipa junior e após um periodo conturbado, ai estão os resultados positivos e, neste caso, surpreendente, porque ir ganhar no terreno da Sanjoanense é mais um feito que ficará registado na história do CDR ... sim porque é histórica esta vitória! Parabéns!
E para quem queira ler mais sobre a "aventura" destes jovens no sábado aqui fica o link, isto se alguém ainda tivesse duvidas da sua força interior e da sua vontade de vencer!
http://www.cdrmoimenta.blogspot.com/