quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

7 – O desmontar do mito dos treinos de conjunto

Na norma tradicional de treinar aparecem os treinos de conjunto habitualmente às Quintas-Feiras quando o jogo é ao Domingo. E muitas vezes, substituídos por jogos-treino. “ Se há treino específico, é o treino de conjunto”.

A estrutura do treino, configurada nos exercícios, não promove a imprevisibilidade que o jogo contém. Qualquer exercício que se proponha aos jogadores não faz emergir algo que os jogadores não controlam, não prevejam. Por exemplo, num exercício simples de finalização. Não é a mesma coisa um jogador conduzir a bola e pisá-la à entrada da área para um colega que aparece nas suas costas a rematar e ir um jogador sozinho conduzir a bola até à entrada da área e rematar. No primeiro caso, o jogador não controla tudo. Portanto se o jogo não é linear os exercícios devem ser não lineares.

A opinião de Mourinho

“Treinos de conjunto? Não faço. Porque não acredito. Para mim, treinar é treinar em especificidade, é criar exercícios que me permitam exacerbar os meus princípios de jogo. E os treinos de conjunto pouco ou nada têm de especifico. São treinos generalistas”.

“É verdade que alguns dos seus treinadores fazem treinos de conjunto, nesse contexto global, preocupando-se apenas com uma parcela do seu jogar de cada vez – primeira fase de construção, basculações do bloco defensivo, equilíbrio defensivo no ataque e adaptações posicionais, etc – mas isso é medíocre metodologicamente sobretudo quando limitam as unidades de treino a esse tipo de situações”.

1 comentário:

Anónimo disse...

É pertinente e saudável a forma como este jovem acredita, caso contrário não estaria a escrever, numa abordagem completamente oposta à tradicional.Mostra coerência, sentido e sobretudo acredita no trabalho de campo sistemático de forma a tornar o mesmo na rotina, no hábito para que se atinja o final propósito:Vencer.
Apesar de não o conhecer, muitos parabéns pela iniciativa.