quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

8 – O Mito do controlo quantitativo do treino

A obsessão pela dimensão física de jogar resulta do controlo da quantidade de treinar. Esta obsessão dita condição física, evidencia que a preparação da equipa seja perspectivada não de um modo global – em função de um determinado desempenho desejado – mas de um modo individualizado, caso a caso. Estes testes físicos (de terreno) são efectuados periodicamente ao longo de toda a época visando a quantificação de pretensas capacidades como a força, a velocidade, a resistência, etc. Quando algum jogador parece apresentar um decréscimo tido como significativo em algum destes parâmetros é-lhes prescrito um programa dito específico. Exemplo é o cardiofrequencímetro, para aferir, através de frequência cardíaca, a pretensa intensidade de esforço num exercício ou numa sessão de treino. Questiono. Qual será o intervalo de frequência cardíaca ideal para uma basculação colectiva à direita, para pressionar o lateral esquerdo adversário em posse de bola? Qual será o intervalo de frequência cardíaca ideal o pivot queime, com regularidade, estações de passe em transição defesa-ataque? Mourinho é claro: “testes físicos?! É uma questão de crença. Eu não acredito…”

Eu acrescento, a operacionalização de um modelo de jogo baseia-se na repetição sistemática de um complexo exercícios que permita chegar à consolidação dos princípios do nosso modelo de jogo para que a quantificação falada anteriormente seja a qualidade do treinar, para tornar viável o jogar!

Quantas equipas não estão completamente perdidas, muitas vezes, no terreno de jogo?

1 comentário:

Carlos Soeiro disse...

Zé já vi que o problema ficou resolvido e ja esta publicado.
Mais uma vez obrigado, pelos textos, pela dinamização, pelo interesse.
OBRIGADO!

Nesta fase complicada em que nem tenho tempo para tratar do blog é sempre bom ver esta dinâmica!
Um abraço